quarta-feira, 31 de março de 2010

Laranja na sobremesa, o cítrico que demanda classe


A laranja deve ser servida ou preparada para ser apreciada após uma refeição. A rigor, a laranja deve ser servida descascada. Caso contrário, será descascada pelo comensal, cortando-lhe as extremidades, valendo-se de garfo e faca para assim proceder. Os pedaços obtidos serão consumidos usando-se o garfo.
As sementes encontradas no interior dos gomos deverão ser retiradas da boca, usando-se a ponta dos dedos, e colocando-as na palma da mão, semi-fechada ou em concha, a fim de serem colocadas na borda do prato. Todo este manejo precisa ser efetuado com bastante descrição.
Numa refeição formal, recomenda-se evitar servir laranja. Apesar de ser saborosa, requer domínio, ou certo treinamento, para consumi-la.
Um convidado precisa estar atento, e ser conhecedor sobre as regras à mesa, pois surpresas sempre acontecem.
Nos Estados Unidos, restaurantes chineses servem-na como sobremesa, cortando-a em quatro partes, juntamente com o fortune cookie (biscoito da sorte), fabricado à base de farinha, creme e açúcar. A título de curiosidade: este biscoitinho é desconhecido na China Continental e Taiwan. Acredita-se que tenha sido introduzido na Califórnia (USA) por grupos de imigrantes no início do Século XX, cuja fórmula segue receita de um biscoito japonês.

rodelas de laranja

O saudável toque cítrico


Difundiu-se que o fruto da laranjeira (Citrus x sinensis) é uma fonte natural de vitamina C. A laranja, pertencente à árvore da família Rutaceae, é um fruto híbrido, conseguido pelo cruzamento da tangerina e o pomelo há anos atrás.
Vale ressaltar que as sementes do pomelo (Citrus maxima), oriundo da Indonésia, foi trazido pelo Capitão Shaddock para a Jamaica, onde se desenvolveu. E ao cruzar-se a laranja doce com pomelo, obteve-se o grapefruit (toronja), denominado como uma das “Sete Maravilhas de Barbados”, muito apreciado nos Estados Unidos devido ao valor dietético e diversas aplicações na saúde humana.
Como a maioria dos frutos cítricos provêm de regiões entre o Himalaia e a Índia, identifica-se o estado silvestre dos mesmos.
A vitamina C é o nutriente predominante da laranja. Comprovou-se que duas laranjas ao dia são suficientes para fornecer a quantidade de vitamina C que o organismo humano necessita. A laranjeira pertence à família da tangerina, a lima, o limão, o pomelo e a cidra.
Os árabes foram os responsáveis por introduzirem a laranjeira na África e o sul da Europa. Na Ásia, a laranjeira era considerada como ornamento, muito comum nos jardins das casas dos abastados. Além do delicioso fruto, o odor que exalava invadia os pátios, deixando-os perfumados.
Cristóvão Colombo, na segunda viagem para a América, trouxe laranja nas caravelas, a fim de combater o escorbuto, terrível doença provocada pela falta de vitamina C. As plantações desenvolveram-se pelas Américas, e o Brasil ocupa lugar de destaque como produtor de suco de laranja no mercado internacional.
A variedade de laranjas é vasta. Trata-se de uma fruta extremamente saudável. Entretanto, os nutrientes variam conforme a espécie. Quanto mais ácida a laranja, maior a concentração de vitamina C.
As receitas culinárias usam este nobre produto da natureza de formas incontáveis. O suco de laranja presta-se na elaboração de coberturas; crepes; doces cristalizados; bolos; musses; pudim e outras iguarias de dar água na boca.

Recomendação:
A laranja deve ser consumida imediatamente ao ser cortada, ou descascada, porque a vitamina C oxida-se rapidamente no contato com o ar.
Saboreie todos os dias esta dádiva da natureza.



 criança saboreando uma deliciosa laranja

a laranjeira e o seu fruto

o saudável suco de laranja


   
laranja a fruta dourada

terça-feira, 30 de março de 2010

Sousplats, cuidando do convidado

Presente em refeições formais, os sousplats (do francês: pratos de baixo) encontram-se dispostos na mesa, antes mesmo dos convidados ocuparem seus assentos. Devem ser distribuídos em cada lugar a ser ocupado.
Conhecidos desde o Século XIX, passaram a ser difundidos somente após o ano de 1990, a fim de evitar que o comensal deixasse respingar nas toalhas de mesa parte do que estivesse comendo, evitando o embaraço.
Na realidade, trata-se de um prato maior que o de refeição, medindo cerca de 35cm de diâmetro, colocado a 2,5cm da borda da mesa.
Os sousplats são encontrados em ampla variedade: prata; metal prateado; aço inox; cristal, porcelana, palha, madeira ou plástico. A escolha seguirá o tipo de refeição que se pretende, almoço ou jantar, e o grau de formalidade a ser definido no evento. Recomenda-se colocar uma malha de renda entre o prato (exceto nos modelos de palha; madeira ou plástico) e o sousplat, a fim de evitar-se o ruído produzido quando pratos são tocados ou substituidos.

A função primordial dos sousplats:
  • Determinar o lugar de cada convidado;
  • Ajudar a regra de ouro do serviço à mesa, que recomenda jamais deixar-se a toalha desguarnecida para o comensal;
  • Evitar que o prato deslize;
  • A cada prato usado, este deverá ser substituído por outro limpo.
  • Nunca é demais ressaltar que, antes de servir-se a sobremesa, os sousplats serão retirados da mesa.





Os sousplats são altamente decorativos, concedendo à mesa um toque de distinção e classe. Procure definir os sousplats mais adequados aos elementos que compõem a mesa. Tenha certeza de que os convidados vão reconhecer o detalhe que lhes foi oferecido na recepção. 


 uma mesa elegante com sousplat
                       

o sousplat outorgando riqueza a esta mesa



sousplats à espera de um prato, com guardanapos em cima.


sousplat metálico




sousplat de vidro numa refeição mais formal



 
o sousplat numa refeição casual


domingo, 28 de março de 2010

Cardápio/Menu, a trilha para optar pela melhor refeição


Vários fatores são levados em consideração para se compor um cardápio. Quanto se espera gastar? Quais as aptidões culinárias de quem vai preparar a comida, e a possibilidade de recorrer-se a um ajudante? Planejar uma refeição requer imaginação, bom gosto, tempo e cuidar dos detalhes imprescindíveis.
Jamais utilize uma refeição para experimentar novos pratos. O servir recomenda oferecer o que já foi testado e agradou. E endossa a qualidade de quem a preparou.
Quem recebe com frequência, deve ter anotado os menus previamente usados, a fim de evitar a repetição dos pratos com os mesmos convidados.
Na atualidade, servir um prato de entrada, outro principal e a seguir a sobremesa, é considerado suficiente como uma refeição. Entretanto, a composição deve ser equilibrada.
Se o cozinheiro é o anfitrião, recomenda-se escolher pratos que possam ser elaborados com antecipação e não exijam detalhes de última hora. Caso contrário, corre-se o risco de haver demora para os convidados, que ficarão sozinhos. É um detalhe indelicado.
Conhecendo os convidados, leva-se em conta possíveis limitações que possam ter, tais como: dietas, alergias ou restrições religiosas. É obrigação do convidado, ao aceitar o convite, informar qualquer impedimento ou restrição particular que tenha, de modo que o anfitrião possa preparar o menu com tranquilidade e sem surpresas, difíceis de remediar no momento de servir-se a comida. No caso do convidado deparar-se com alimento que não possa ingerir, deixará discretamente de lado, sem chamar a atenção para o mesmo.
Um menu requer os seguintes cuidados:
  • Jamais repita os mesmos ingredientes nos pratos. Por exemplo, se for servida entrada composta de creme de leite, o prato principal com acompanhamento à base creme de leite, e, por último, a sobremesa novamente com o mesmo ingrediente, o resultado será enjoativo, pouco original e péssimo do ponto de vista nutritivo;
  • Evite repetir as mesmas cores: entrada de cor branca, seguida de prato principal na mesma cor, e a sobremesa idem. Trata-se de um detalhe pouco atrativo e monótono. Dê cor à refeição, busque a variedade, seja criativo;
    A apresentação dos pratos, ou travessas, é fundamental. Sabe-se que “a comida degusta-se pelos olhos”. Deve ser visualmente atraente, apetitosa e convidativa para ser saboreada;
  • Evite servir molhos diferentes num mesmo prato, ocorrerá uma interferência nos sabores, além de comprometer a apresentação.
Elaborado o menu, é chegada a vez de escolher-se as bebidas, que serão servidas na refeição, as quais devem ser selecionadas com cuidado.
Leve em consideração os passos a seguir:
  • Comece com aperitivos;
  • A seguir, sirva o vinho;
  • Finalmente, um digestivo (conhaque ou licor).
Existem pessoas abstêmias ao álcool, por razões diversas.
A elas serão apresentadas as opções de suco de frutas, refrigerantes (prestar atenção se existe preferência por diet ou zero calories), ou água mineral (gasosa ou não). O vinho a servir deverá estar coerente com os prato.
Geralmente, inicia-se com vinho branco, acompanhando as sopas ou peixes. A seguir, é a vez do tinto, servido com carne. E na sobremesa, um branco generoso, ou espumante, assim como um porto doce, ou branco gelado. Os digestivos serão servidos com o café, ou após, podendo ser licores e ou aguardentes.
É oportuno consultar um livro de culinária ao elaborar-se um menu. Existe toda uma biblioteca disponível, inclusive na Internet. Lembre-se que o anfitrião vê-se no dever de oferecer seu melhor. Os convidados vão julgar e apreciar a refeição e o gesto.
A descoberta de uma nova receita faz mais pela felicidade do gênero humano do que a descoberta de uma estrela”.
Brillant-Savarin


 


sábado, 27 de março de 2010

Hambúrguer, a conquista dos cavalheiros Tártaros

Conta-nos a História, esta deusa sem imaginação, que se repete através dos tempos, que por volta do Século XIII, os cavalheiros Tártaros tinham o costume de moer a carne dura, enquanto cavalgavam, colocando-a sob a sela dos cavalos. Decorria daí uma massa mais maleável e fácil de ingerir.

Os famosos bifinhos de carne moída aportaram em Nova York (USA) por volta do início do Século XIX, trazidos por imigrantes alemães, provenientes do Porto de Hamburgo, Alemanha. E foi na América que foi adicionado o pão, criando a moda imbatível por pessoas de todas as idades.

Existe outra versão, reconhecendo que foram os judeus russos, habituados a empanar a carne moída e fritá-la, servida no prato, costume típico da Rússia, quem os inventara.

Independentemente da origem, o hambúrguer ficou conhecido nos Estados Unidos, sendo batizado como “hamburguer steak”, mais tarde simplificado para “hamburguer”, fazendo referência à cidade de Hamburgo.
Este prato de bife de carne moída fez o debut no cardápio do famoso e elegante restaurante Delmonico´s (New York), apresentado como steak de Hamburgo. Mais tarde, passou a frequentar os livros de receita denominado como beef steak à la Hamburg.

Apesar da origem humilde, tratava-se da refeição predileta dos imigrantes europeus e operários, vendido nas portas das fábricas em carrinhos.

Aos poucos foi ascendendo socialmente, na medida em que os cozinheiros e restaurantes ofereciam versões variadas, até chegar aos dias atuais, ocupando lugar de destaque nos cardápios mais sofisticados. Este ícone do fast-food, compõe-se de recheio principal no formato de um disco de carne moída grelhada, entre duas fatias de pão, redondo e macio (quente ou natural).

A criatividade dos norte-americanos favoreceu a penetração do produto em vários mercados, inventando recheios, variando ingredientes, dos mais simples até aos mais requintados: queijos, ovos, pickle, folhas, legumes, presunto, trufas e existe versões com foie gras. Por certo, outras receitas surgirão.

A popularidade e sucesso tem sido extenso, rompendo fronteiras, e ocupa espaço quase obrigatório nos cardápios internacionais. Os acompanhamentos variam, tanto pela cultura dos povos, quanto pelos gostos pessoais.

Destaque
Um lembrete importante: o hambúrguer pode ser consumido usando-se as mãos, isto se não fizer parte do menu de um jantar ou almoço, onde haja certa formalidade. Numa ocasião mais refinada, recomenda-se o uso de garfo e faca. O fato incômodo, mas aceitável socialmente, é que ninguém resiste ao hábito popular de levá-lo à boca, com ambas mãos, para saboreá-lo.

É gostoso...

É tentador...

E definitivamente despretensioso.



terça-feira, 23 de março de 2010

Brinde, a saudação bem-vinda entre as pessoas


O ato de brindar vem sendo transmitido através das gerações. O objetivo é homenagear um convidado de honra, que pode ser um amigo, vindo do exterior, ou um familiar comemorando uma acontecimento especial, como: noivado, casamento, o nascimento de um filho, batizado ou formatura. Os motivos variam e inspiram a realização de um brinde. É um ato socialmente festivo.

Cabe ao anfitrião propor o brinde. Entretanto, nada impede que seja a anfitriã quem o faça, ambos deverão estar em sintonia.

Quem dirige as palavras deverá por-se de pé. Os convidados permanecem nos seus assentos. Tendo terminado o breve discurso, ergue-se o copo ou taça e bebe-se um gole da bebida oferecida. Os convidados imitam o gesto. A pessoa homenageada deve responder com palavras de agradecimento, se assim o quiser, pondo-se de pé. Ao finalizar, ergue o copo e bebe um gole. Pode, ainda, manifestar-se com um sorriso franco, pois inexiste obrigação de se dirigir aos presentes no acontecimento.



Regras de ouro:
  • Seja breve nas palavras que dirige aos presentes. Evite estender-se em demasia;
  • Jamais brinde com refrigerante, água ou suco de fruta, valendo-se de um copo/taça vazio(a);
  • Controle a forma de beber, deixando permanecer parte do conteúdo;
  • Aquele que não ingere bebida alcoólica, no momento de brindar, eleva o copo/taça aos lábios, sem tocá-la com os lábios;
  • Durante o discurso, pára-se de comer ou beber;
  • Deve-se brindar somente com vinho, champagne ou espumante;

  • Os copos/as taças não precisam chocar-se entre si. Todavia, poderá fazê-lo com as pessoas ao redor, sem se erguer de onde esteja sentado; 
     
O momento certo de propor o brinde é na hora da sobremesa, mas há quem prefira executá-lo após o prato principal. Na realidade, inexiste uma regra rígida em relação ao momento.

A mensagem deverá conter palavras sinceras e, acima de tudo, difundir calor humano por desfrutar da presença de todos.







segunda-feira, 22 de março de 2010

Fila de espera, sem estresse

Toda vez que enfrentamos uma fila de espera, aguardando a vez de acessar algum meio de transporte, pagar uma conta no banco, ir ao cinema/teatro, e tantas outras situações, o ser humano convence-se de que é um mal necessário. Faz parte da vida agitada e moderna.

A verdade é que inexiste pessoa que goste desperdiçar tempo útil e permanecer de pé aguardando para ser atendida, ou ter acesso, quando poderia gastar pouco tempo nesta tarefa. Sem contarmos as condições físicas individuais, a falta de respeito ao cliente, desperta o sentimento de inutilidade. Afinal, o cliente tem sempre razão.

A melhor alternativa é munir-se de paciência, tendo certeza de que a irritação pessoal, podendo contaminar ao redor, somente aumentará a consciência do incômodo e nada vai contribuir para amenizar o problema. E isto não é salutar emocionalmente.

Valer-se de estratagemas, para passar adiante de outras pessoas, é incorreto e transgride o direito alheio. O direito de cada pessoa termina, quando começa o das outras.

Existem regras para levar-se em consideração, obedecendo as normas de civilidade e boa educação:

  • Os suspiros e outras manifestações de impaciência não fazem a fila mover-se;
  • É extremamente desagradável e grosseiro colocar-se muito próximo da pessoa à sua frente, quando sua respiração pode atingir a outra pessoa;
  • Ao chegar a vez de ser atendido, a pessoa deve ser prática em executar a tarefa para a qual esperou. No pagamento de contas, ordená-las e separar o dinheiro, jamais comentar ou emitir queixas ou críticas, pois o atendente não tem culpa. Deve-se considerar que as demais pessoas estão passando pela mesma experiência,

Sempre ao dirigir-se à pessoa que atende, cumprimente-a com simpatia e agradeça com um sorriso. O atendente está desempenhando um trabalho, num guichê ou balcão, e passa pela mesma situação em momentos semelhantes.

A educação, cordialidade e amabilidade geram uma atmosfera de harmonia envolvendo a todos.
Não desperdice a oportunidade de demonstrar seu valor humano, a recompensa é dupla: tanto interna, em termos de saúde, quanto externa, exibindo o nível educado de pessoa que é.


Copos de bar, o conjunto da alegria


Quem reparou na variedade de copos presente num bar? Alguns restaurantes, exibe-a com destaque. Afinal, nos copos recai a responsabilidade de serem agradáveis ao toque e elegantes para acomodar a bebida escolhida. 
 
Tudo é devido, não pela tradição ou modismo, pela praticidade do design. Nos Estados Unidos, a cervejaria Samuel Adams chega promovê-los, afirmando que as dimensões foram pesquisadas, a fim de aprimorar o sabor da bebida.

Cada bebida requer um copo apropriado. A valorização e maneira para saborear são obrigatórias, quando se pretende obter melhor proveito.
  • Os licores devem se servidos em cálices pequenos, com ou sem pé (haste);
  • O conhaque requer a taça em forma de balão, pois é muito volátil, e a boca estreita impede a evaporação;
  • O champagne, ou espumante, deve ser bebido em taça fina e longa, para preservar as bolhas. A flutte é a melhor opção. Também pode-se utilizar taça mais larga;
  • O whisky é servido: em copo longo, ou baixo para o tradicional on the rocks;
  • O xerez requer a tradicional taça pequena. A versão ideal é a taça de vinho. A mesma pode ser utilizada também para servir o Vinho do Porto, que já tem a versão em branco, que deve ser servido gelado;
  • Para a cerveja recomenda-se taça de metal, ou louça, pois conservam melhor a temperatura da bebida. O copo de vidro, com borda fina e sem pé, sem ser grande, para evitar esquentar a cerveja;
  • Para os vinhos recomenda-se taça de borda fina para realçar o sabor da bebida. A melhor é aquela de pé longo, evitando que a mão toque o cálice, esquentando o conteúdo;
  • Para bebidas geladas, refrigerantes ou sucos de frutas, recomenda-se copo alto, com lateral reta ou em formato redondo.  
Existe coquetel que exige copo gelado. O procedimento é simples: leva-se o copo ao congelador por 10 minutos no máximo, ou enche-se o copo com gelo picado, mexendo-o constantemente até sentir que esfriou, a seguir despeje o gelo para servir a bebida.

Detalhe importante:

As bebidas, ao serem servidas, precisam ser acompanhadas de guardanapo sob o copo, ou taça, a fim de evitar que o “suor da bebida” escorregue pelas mãos, ou respingue na roupa de quem as consome.

O ato de beber visa ser agradável ao paladar, sem afetar a elegância e naturalidade da pessoa.

Beba sempre moderadamente.


reunião de diversos tipos copos


taça de Xerez


taça de Conhaque


taça de licor

domingo, 21 de março de 2010

Rechaud, o serviçal da conservação alimentar

De origem incerta, acredita-se que se trata da evolução do fogareiro usado em campanha militar. Foi adaptado como item culinário, suprindo a necessidade de utensílio à fogo para usar-se nos salões de restaurantes luxuosos. Posteriormente, foi integrado nas residências.


Ideal na conservação de alimentos quentes à mesa, existem rechauds portáteis, fornecendo chama reduzida, no qual coloca-se prato ou recipiente a ser aquecido, no mesmo conceito de “banho-maria”.


Rechauds são encontrados à venda nas versões prata, com travessa refratária, louça ou aço inox. Todos os modelos utilizam velas ou pequeno dispositivo para fonte de calor. Trata-se de acessório indispensável para servir um prato quente em refeições ao estilo norte-americano. Ao valer-se deste equipamento, saiba que o serviço tenderá a ser demorado.


Os tamanhos variam segundo a ocasião. Lojas, especializadas em produtos caseiros, exibem ampla variedade e nos mais diversos preços. Aconselha-se a busca no conceito custo/benefício. Recomenda-se o apoio deste excepcional aliado. Além de práticos, decoram uma mesa.


Tire proveito deste ajudante seguro e incansável, e desfrute com tranquilidade a companhia dos convidados à mesa. O rechaud vai garantir a refeição servida na temperatura ideal.

 rechaud de bronze

modelo de aço inox com tampa de vidro temperado

um outro exemplo de aço inox retangular

rechaud aço inox ou prata redondo

um modelo mais requintado de prata


e um último exemplo de rechaud com vela e cerâmica

sexta-feira, 19 de março de 2010

Bandeja, a diva do mundo gastronômico


A residência equipada precisa dispor de alguns tipos de bandejas. Trata-se de um acessório imprescindível, e também bastante utilizado. Mesmo nas refeições domésticas diárias, elas conquistaram o seu espaço.
As bandejas, existentes numa variedade de formatos, valendo-se das mais diversas matérias-primas, podem ser escolhidas entre as tradicionais ou clássicas, as quais são produzidas em prata, havendo versões em aço inox, palha, madeira, vidro ou, ainda, em plástico. São de grande utilidade na hora do lanche, ou refeições rápidas. E no cafezinho servido após as refeições, ou ao receber-se uma visita.
Dependendo do material com que são fabricadas, as opções de cores são variadas, existindo desde aquelas com motivos estampados, ou desenhos. As formas e as dimensões variam na mesma proporção.
A tradicional bandeja de prata é sempre a melhor opção, sem dúvida a mais elegante dentre todas. Considera-se perfeita para servir o clássico chá ou café depois de uma refeição requintada, não se esquecendo de oferecer opções de açúcar ou adoçante em pacotinhos individuais.
É bom lembrar que, para servir-se um copo d’água, a melhor maneira é apresentá-lo em pequena bandeja de prata, isto se o orçamento pessoal permitir. Muitas vezes é visto um pires à maneira de bandeja. Evite-o, pois é incorreto. No caso de não haver a possibilidade de dispor de uma bandeja de custo honroso, utilize uma, pequena, elegante, e de qualquer outro material.
A criatividade ajudará, pois a necessidade de uma bandeja, utilizando-se aquela dentro do melhor gosto do anfitrião, em termos de aparência e qualidade, será bem-vinda à mesa. Deverá combinar com os demais elementos, como: copos, xícaras, louça, etc.
Recomendações:
  • Utilize um pano branco ou de cor, para evitar que escorregue o que esteja sendo servido;
  • As bandejas com alças são usadas somente quando deixadas sobre um apoio, jamais para usar-se de forma individual. As que se destinam para este uso são destituídas de alças;
  • Numa mesa de refeição, os pratos, os copos e utensílios não devem retirar-se na bandeja, pois será feito usando-se a mão;
  • As bandejas são o reflexo do gosto pessoal, permitindo entrever parte da personalidade do anfitrião.
Ser original, na escolha da bandeja, é um gesto de bom gosto e praticidade.
Veja alguns tipos de bandejas:

a glamourosa bandeja de prata

bandeja de prata ou inox

a casual bandeja de melamina

bandeja de palha com paninho
outro exemplo de bandeja palha

outra de prata

bandeja de plástico moderna

  bandeja de madeira

Irish Coffee, o companheiro certo para dias frios

O Irish coffee é sem dúvida a bebida quente mais famosa, desfrutando de posição destacada nos menus das cafeterias. Trata-se da mistura perfeita do café, açúcar e whisky, coroada com creme chantilly, ou creme de leite fresco.

Nos dias frios, possui a característica de aquecer o corpo e adoçar o paladar ao mesmo tempo, oferecendo uma sensação de conforto.

Esta combinação de sabores foi inventada no pequeno aeroporto de Foynes, Irlanda, situado na cidade de County Limerick. Porto marítimo que operou por longos anos pista de pouso para aviões que faziam a rota transatlântica, partindo da América. Os passageiros, descendendo durante uma parada de escala, enfrentavam o desconforto da umidade e baixas temperaturas, precisando aquecer-se. Atribui-se a criação da bebida ao cozinheiro do restaurante, Joseph Sheridan, neste aeroporto, que, em consideração à necessidade de aquecimento dos passageiros, teve sensibilidade de criá-la. Surgia o inconfundível e delicioso Irish Coffee.

De aceitação pública imediata, difundiu-se através do Atlântico. Foi nos Estados Unidos onde encontrou fervorosos adeptos. Ao longo dos anos, surgiram variações, mas sempre fieis à receita original.

O perfect blend de whisky com café proporciona sabor ímpar, com vantagem de ser fácil identificar os ingredientes.






quinta-feira, 18 de março de 2010

Saladas, a natureza aguçando o paladar 

As saladas e entradas desempenham papéis semelhantes. Se as entradas, como o próprio nome as define, são servidas no início da refeição, as saladas, por sua vez, podem ser levadas à mesa em diferentes momentos. Em ambos os casos, são responsáveis pelo estímulo de agradar ao paladar e abrir o apetite.

Como prato inicial, as saladas têm a responsabilidade de impressionar o comensal desde sua apresentação na sala de refeições, sendo por isto que deverá ser valorizada com cuidadosa preparação. Devem representar uma forma sutil de que foram idealizadas ao gosto dos convidados.

Todavia, na França o hábito de consumir-se salada é servida também como acompanhamento do prato principal, ou no meio da refeição. A regra, se assim pode-se denominar, é: servida na entrada (fria ou quente); a seguir, depois do prato principal.

O termo salada deriva do latim herba salata, que significa erva salgada, indicando como foram criadas: legumes e verduras frescas, temperadas com sal. As saladas assim preparadas pelos franceses, denominadas crudités, são até hoje muito apreciadas.

Na Roma antiga, já existiam saladas elaboradas. Os registros históricos descrevem diversos pratos de legumes cozidos e crus, guarnecidos com ervas frescas e secas temperadas com vinagre, óleo e um extrato de peixe salgado (liquamen), assemelhando-se ao atual molho vinagrete.

Também podem ser considerados como saladas, os pratos preparados à base de carne, ave ou peixe e temperados com maionese, molho de limão fresco, creme de leite, ou alguma variação do molho vinagrete.

Normalmente, a refeição progride após a salada, ou prato frio, para o prato principal, servido no maioria das vezes com alguma temperatura. O vinho a ser servido deve ser apropriado. Obedecendo-se uma progressão coerente, o ideal é um vinho branco seco, pouco encorpado e leve. Caso a salada seja o prato principal, quando se adiciona mais ingredientes, deve ser acompanhada de vinho tinto encorpado.

O vinagre, elemento básico presente na maioria dos molhos, interfere na capacidade de apreciar as diferentes nuances de um vinho, pois origina-se deste. Portanto, um vinho menos encorpado é mais recomendado para acompanhar saladas à vinagrete.

Quando a salada verde é servida, seguindo o prato principal, marcando uma pausa, deve ocorrer também uma interrupção entre os vinhos. O melhor acompanhamento e o mais seguro neste caso é a água.

Nas saladas tradicionais, os vegetais apresentam-se em pequenos pedaços, razão pela qual devem ser consumidas somente com garfo, segurado com a mão esquerda. A faca serve como auxílio para dobrar ou empurrar as folhas que não serão cortadas.

Saladas devem ser servidas numa meia-lua, ou pequeno prato, colocado à esquerda do prato principal, na posição inferior ao pratinho reservado ao pão. Se for decidido pelo anfitrião que a salada seja oferecida entre os pratos, ou como entrada, esta será servida em prato pequeno, que se encontra sobreposto ao prato principal. A escolha da saladeira e dos talheres merece atenção especial. Vale lembrar que a apresentação representa um item importante.

A salada deve ser temperada imediatamente antes de ser servida. Não se oferece uma segunda vez, a exemplo dos demais alimentos.

Quando servida em saladeira, a salada é colocada próxima ao anfitrião, que mistura o molho. Assim procedido, o anfitrião passa-a à esquerda do convidado de honra, e a seguir à esquerda do segundo convidado, o qual fará circular a saladeira de mão em mão, até dar a volta completa entre os convidados.

À mesa não se deve colocar a azeiteira, nem a vinagreira, as quais podem estar dispostas numa mesinha auxiliar. Reserva-se as saladas para almoços ou jantares sem cerimônia. Um detalhe importantíssimo: a salada jamais será servida numa refeição de cerimônia.

uma maneira mais sofisticada de servir a salada de entrada



 Acima, duas maneiras diferentes de servir salada à mesa



acima, dois exemplos de como comer salada, em prato raso ou num bowl


 a salada e seus respectivos talheres para servi-la

quarta-feira, 17 de março de 2010

Gravata, o toque de elegância masculina


Em diversas épocas, egípcios, chineses e romanos utilizavam enfeites, de diferentes tamanhos e materiais ao redor do pescoço. Por diversos motivos, assemelhavam-se à gravata dos tempos modernos. Mas foram os mercenários croatas, durante a guerra dos 30 anos, que introduziram a novidade. Originalmente, usado como distintivo militar, variava no padrão do tecido, segundo o grau hierárquico. Causou tanto frisson na sociedade francesa esse elegante e desconhecido adereço, que chamaram de cravat, cujo significado é croata. Luiz XIV, Rei da França, encantado com o ornamento, encomendou peça similar ao alfaiate, incorporando-o ao seu guarda-roupa. Desde então, passou a compor o vestuário masculino.
As primeiras gravatas eram pretas, que caíram em desuso. Na atualidade, estão reservadas ao luto. A finalidade da gravata é dar um toque de cor na roupa masculina. Gravatas são de suma importância, chegando ser qualificada como um emblema da vaidade do homem.
Existem vários tipos de nós, determinados pelo tipo de colarinho da camisa social a ser vestida. Também existem as gravatas chamadas borboletas.
Tipos de nós: nó Windsor ou Meio Windsor; nó Americano ou Four in Hand; nó de Shelby ou nó de Pratt.


Jamais deixe de lembrar-se:
  • Que o comprimento da gravata se sobreponha ao cinto;
  • A ponta da gravata fica sobre a camisa;
  • As barras, ou pinças metálicas, ainda usadas para manter as gravatas centralizadas, são colocadas na altura do 4º botão da camisa;
  • As gravatas mais reverenciadas são as de seda;
  • Evite gravatas largas ou finas;
  • Na escolha, dê preferência às coloridas, desde que não apresentem padronagem berrante, ou desenhos vistosos demais;
A coordenação da gravata com os outros complementos masculinos requer escolha cuidadosa, é uma verdadeira arte do vestir. A gravata é aceita como símbolo de status, um teste de personalidade de cada homem, por isso mesmo difícil presenteá-la. Na escolha da gravata, sempre deverá predominar a máxima de “Gravatas, poucas mas boas”, busque a sobriedade.
Os ingleses, mestres do bom vestir masculino, aconselham:

O verdadeiro Senhor não se exibe”

o básico

como fazer o nó Windsor

como fazer o nó de gravata borboleta



terça-feira, 16 de março de 2010

Tábua de queijo ( plateau de fromage)

Os queijos são apreciados em todo o mundo. Representam um produto de laticínio, feito da ordenha da vaca, ovelha, cabra ou búfala, ou mesmo outro animal mamífero. Acredita-se que se originou no Oriente Médio, em tempos remotos, mas seu aperfeiçoamento aconteceu na Europa. O queijo resultou da descoberta do leite coalhado e teve lento processo de elaboração para chegar às formas atuais.

Queijos podem ser frescos, duros, semiduros, pasta mole, casca lavada e marmoreados. Às vezes, acrescenta-se na produção de queijos certas especiarias, tais como: pimenta, cominho, ervas ou frutas secas como nozes. Quando servido num tabuleiro chamado plateau de fromages (tábua de queijos) poderá vir acompanhado de pão, biscoitos, nozes ou frutos secos, mel, ou pedaços de legumes crus.

Uma tábua de queijo deve apresentar no mínimo três tipos de queijos pequenos, inteiros ou já cortados dependendo do tamanho. Recomenda-se variar os sabores em mais ou menos forte. O consumo pode ser feito cortando-o em pequenas porções individuais e colocando-o no prato pessoal. A tábua de queijo leva-se à mesa durante a sobremesa e ali permanece até o final da refeição.

Existem opiniões diferentes em relação à ordem de servir o queijo. Os britânicos preferem-no depois da sobremesa. Os franceses, no início da refeição. A ordem a seguir é uma questão de preferência.

Regras básicas:

·Os queijos moles devem ser saboreados com a casca;
·Queijos duros, deve-se remover a casca com uma faca, deixado-a no prato antes de levá-lo à boca;
·O queijo deve ser comido, valendo-se de uma faca (aguçada, de duas pontas e redondas), ou faca de sobremesa, que deverá estar colocada em cima do prato;
·Prepara-se pequenos pedaços de pão, podendo ser de vários tipos, e com a faca sobrepõe-se o queijo, para levá-lo à boca com  uma das mãos;
·Enquanto se come, deixa-se a faca pousada no prato em posição de espera, com a lâmina cortante para dentro;
·O pão jamais deve ser mordido, leva-se pequenos bocados à boca;
·Não se serve manteiga, nem se espalha o queijo, pois existem aqueles que se apresentam cremosos;
·O queijo recomenda-se ser acompanhado com vinho, tanto tinto, quanto branco. E os espumantes fazem parte da seleção.

Um detalhe que não deve ser esquecido: quando é oferecido queijo à mesa, o convidado servir-se-á. Trata-se de uma obrigação, mesmo em pequenas quantidades.
Considera-se falta de respeito e descortesia não fazer honra à seleção de queijos, preparada cuidadosamente pelo anfitrião para os convidados.

Aprecie e deguste com delicadeza.

exemplo de apresentação

a variedade de tipos de queijos

cubinhos de queijos para servir

os diversos queijos franceses

uma opção para queijos e vinhos

Você provavelmente vai gostar também de:

Related Posts with Thumbnails