domingo, 20 de dezembro de 2009

O cristal, uma arte milenar

As primeiras peças de vidro originaram-se há mais de 4.000 anos na Mesopotânia. No Egito, existiam os frascos coloridos de perfumes. Os egípcios assopravam o vidro-cristal e executavam os mosaicos mille-fiore e de pasta de cristal. Há 2.000 anos, na Alexandria inventava-se o cristal modelado, o qual era colado no molde e depois fundido. Nesta mesma época, surge a vara de assoprar. Acontece, então, a grande virada da fabricação do cristal.
Esta descoberta é atribuída aos Sírios, e é difundida em Roma e dentro do Império Romano, na Gália e na Espanha. No século III, os dois grandes centros de produção de cristais foram Roma e Alexandria.
Por volta de 1.460, em Veneza, começaram a aparecer os atelieres na ilha de Murano, e os artesãos inventaram o “cristallin” (cristal sílico alcalino muito branco) .
Na mesma época, os vidreiros vindos da Boêmia, começam a se instalar na região da Lorraine, França. O regente da região fez vir de Veneza e da Boêmia os mestres vidreiros para desenvolver essa indústria.
No século XVI, na França, os fabricantes utilizaram o carbonato de potássio, areia e cinzas como combustível. Em 1.662, o italiano Bernard Perrot traz para Orleans, França, a arte veneziana e inventa o copo vermelho.
A partir do século XVIII, os cristais da Boêmia substituem a cristaleria de Veneza. O estilo barroco é trocado pelo renascentista. Os copos foram trabalhados como verdadeiras jóias ou obras de arte. Surgem consagrados artistas como Gallé, Lalique, e Baccarat.
Em 1.781, a cristaleria Saint-Louis desenvolve o procedimento inglês, utilizando o chumbo para a fabricação do cristal, surgindo os “flint-glass” (estilo de copos), inventados pelo conhecido artista Ravencroft, em 1.676.
Entre 1815 e 1830, época do cristal francês, surgem os copos de filigrana e opalina de cristal. No século XIX, é considerada o apogeu do cristal francês. Produz-se em massa a linha de mesa, harmonizandos-e com os demais elementos: copos, jarras, ornamentos e toalhas .
Na virada do século XIX e XX, surge uma nova arte mais apurada, assinada por Daum, copos ou taças douradas. Sob a influência do movimento Art-Noveau, os artesãos criam os copos com formas naturalistas.
Após a Primeira Grande Guerra Mundial, os especialistas desenvolvem a produção artística, fabricando copos em pasta de cristal transparente. Nascendo assim artistas modernos como Dali, César ou designers como Philippe Starck.
Nos dias atuais, o Lalique continua a inspirar estilos.

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