sábado, 19 de dezembro de 2009

Por Trás dos Bastidores da Toalha e dos Guardanapos – a verdadeira história desses acessórios

A toalha e os guardanapos foram introduzidos na França pelos romanos. Na Roma antiga, os escravos circulavam ao redor dos leitos levando jarras com água perfumada, cujos comensais enxugavam as mãos com um guardanapo. Cada convidado levava o seu guardanapo, que deixava ao seu lado no leito. Os guardanapos eram bordados, ou pintados, mostrando o motivo do banquete ou celebração. Na Idade Média, a toalha era reservada aos senhores, marcando a hierarquia social.
O tamanho da toalha e do guardanapo estavam diretamente relacionados ao grau de hierarquia, ocupado pelo senhor dentro da nobreza. O convidado do anfitrião compartilhava a mesa, mas não necessariamente a sua toalha. Era exclusivo dos senhores (anfitrião) o uso de uma toalha ornamentada com bordados ou franjas. Se o convidado fosse nobre, mas de menor grau hierárquico que o anfitrião, colocava-se uma pequena toalha debaixo da faca.
No palácio real, um oficial com o título de “garde-nappes” era o responsável pelo cuidado das toalhas da casa, este e o lavadeiro do rei tinham um dos cargos mais importantes do palácio. As toalhas eram lavadas e perfumadas com essências de lavanda ou rosas, e guardadas num baú de madeira coberto de couro, fechado à chave. Eram considerados verdadeiros tesouros!
A toalha medieval era coberta por um tecido dobrado em dois, que se chamava de duplicador, servindo para limpar as mãos e a boca. Foi substituído por um tecido comprido aplicado na borda da toalha chamado de “longiere”.
No século XV, aparecem os guardanapos. Anteriormente, eram usadas a palma da mão por dentro e os dedos eram limpos com o guardanapo comum.
No renascentismo, as mulheres célebres começaram a se interessar pela boa qualidade das toalhas da casa. Encomendavam-nas em grande quantidade na Holanda. Depois de usadas, eram reenviadas para a Holanda para serem lavadas e engomadas.
O guardanapo como conhecemos hoje fez estréia no século XVI. Fabricados em Reims, França, em linho fino simples, bordados ou adamascados com pequenos desenhos. O uso foi generalizado rapidamente. Catherinde de Medici utilizava muitíssimo o guardanapo, e foi responsável pelo refinamento da época,  exigindo a troca dele no final de cada prato servido.

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